Dólar em alta: moeda atinge R$ 5,79 com risco fiscal no Brasil e PIB dos EUA; Ibovespa oscila
Dólar em alta: cenário fiscal brasileiro e PIB dos EUA impactam mercados
O dólar em alta opera nesta quarta-feira (30), alcançando R$ 5,79. O mercado continua cauteloso em relação ao risco fiscal brasileiro, após o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmar que ainda não há previsão para a divulgação do novo pacote de cortes de gastos. Na véspera, a moeda norte-americana subiu 0,92%, fechando a R$ 5,7610, enquanto o Ibovespa encerrou em queda de 0,37%, aos 130.730 pontos.
Cenário econômico impacta mercado
Os investidores também acompanham dados econômicos importantes, especialmente o PIB dos Estados Unidos, que cresceu 2,8% no terceiro trimestre, abaixo da expectativa de 3,0%. Em contrapartida, o relatório ADP mostrou que o país gerou 233 mil novas vagas de emprego privado em outubro, superando as expectativas e alimentando dúvidas sobre a próxima movimentação do Federal Reserve (Fed) em relação às taxas de juros.
Cotação do Dólar e Ibovespa
Perto das 13h, o dólar em alta subia 0,23%, cotado a R$ 5,7752, com uma máxima de R$ 5,7928. No acumulado, a moeda apresenta uma alta de 0,99% na semana, 5,77% no mês e 18,72% no ano. O Ibovespa, por sua vez, mostrava leve alta de 0,12%, aos 130.885 pontos, acumulando uma alta de 0,64% na semana, mas perdas de 0,82% no mês e 2,58% no ano.
Expectativas para o mercado
Com o dólar em alta, o cenário fiscal brasileiro continua sendo uma preocupação. Após as eleições, o mercado aguarda novas informações sobre cortes de despesas. Haddad mencionou que a equipe econômica está em conversas com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas sem um cronograma definido. Para que o pacote tenha credibilidade, analistas sugerem cortes entre R$ 50 bilhões e R$ 60 bilhões.

Analistas também observam fatores externos, como a disputa eleitoral nos EUA e possíveis impactos na inflação. A expectativa de uma vitória de Donald Trump pode pressionar a inflação e afetar as decisões do Fed em relação aos juros.
Expectativas de longo prazo
O boletim Focus projeta que o dólar em alta encerre o ano em R$ 5,45, mas há incertezas. Economistas alertam que, sem controle nos gastos públicos, o real pode continuar se desvalorizando frente ao dólar. Em um cenário de maior estresse, a moeda pode chegar a R$ 6. A aversão ao risco deve diminuir após as eleições nos EUA, beneficiando mercados emergentes.
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